Empresa europeia cria chip com grafeno que "escreve" no cérebro
A proposta da InBrain é simples e radical: transformar o cérebro em uma interface programável. Hoje, o foco é o Parkinson — doença neurológica que mais cresce no mundo, mas o princípio vale para várias condições: epilepsia, sequelas de AVC, distúrbios motores.
Diferente das tecnologias atuais, que usam eletrodos rígidos e imprecisos, a InBrain aposta no grafeno. Ele permite construir sensores ultrafinos, flexíveis, que se adaptam ao tecido cerebral e transmitem sinais com maior clareza. Combinado à inteligência artificial, esse sistema não só detecta padrões anormais como também reage a eles em tempo real. É como se o chip pudesse corrigir um erro antes que o sintoma apareça.
Willem, diretor da InBrain Neuroelectronics, descreveu como eletrodos de grafeno do tamanho de um glóbulo vermelho estão aprendendo a “ler e escrever” no córtex humano.
O plano é lançar o primeiro produto em 2026: um sistema de mapeamento cerebral de alta precisão para apoio em cirurgias neurológicas. A partir daí, a plataforma pode ser expandida para tratamentos contínuos, com atualizações de software baseadas em dados do próprio paciente.
O futuro da saúde está cada vez menos nos hospitais e cada vez mais na nuvem, nesse caso, no próprio cérebro.
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