Uma nova descoberta inovadora do grafeno: a eletroluminescência
Pela primeira vez, a eletroluminescência pôde ser observada em um material relacionado aos metais graças ao uso de grafeno de alta qualidade.
Em um artigo publicado na revista Nature, fruto de uma colaboração francesa, um grupo de pesquisadores franceses demonstra pela primeira vez que, sob certas condições, o grafeno pode emitir além de sua incandescência natural ao entrar em um regime de eletroluminescência.
Graças à pirometria infravermelha - uma técnica comumente usada para determinar a perda térmica de edifícios com o auxílio de uma câmera infravermelha - os pesquisadores demonstraram que os elétrons do grafeno transferem a maior parte da potência elétrica injetada no dispositivo para o substrato via excitações elementares específicas do material encapsulante (os fonon-polaritons hiperbólicos do Nitreto de Boro).
Até agora, este mecanismo de transferência radiante, embora conhecido nos diodos eletroluminescentes de semicondutores, era considerado um fenômeno anedótico devido à sua muito baixa eficiência. Aqui, ele se torna o mecanismo de transferência de energia dominante (até 75%).
O objetivo dos pesquisadores agora é explorar o caráter semimetálico do grafeno para induzir a eletroluminescência em comprimentos de onda arbitrários. Esta variabilidade distinguiria claramente o grafeno dos semicondutores, cujo comprimento de onda de emissão é limitado pelo valor da banda proibida. A longo prazo, a flexibilidade inédita deste tipo de fonte poderia abrir caminho para aplicações nos campos da óptica, telecomunicações e eletrônica.
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