Cientistas criam revestimento com grafeno mais seguro contra infiltração em pontes e edifícios
Um grupo de trabalho do Programa de Pós-Graduação de Tecnologia de Materiais do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) da USP publicou um artigo sobre o desenvolvimento de um recobrimento impermeabilizante à base de grafeno que aumentou a resistência do cimento e afetou minimamente a estrutura das amostras testadas, contribuindo para sua durabilidade e longevidade.
Publicado na revista Diamond and Related Materials, o recobrimento desenvolvido pelos pesquisadores do Ipen é um material hidrofóbico (que repele a água), bidimensional (2d), criado a partir de material grafenoide (derivado do grafeno) e obtido por meio de um gerador de plasma frio. Também conhecido como plasma não térmico, este gás ionizado é um estado da matéria que contém íons e elétrons livres, no qual a maioria das partículas (como átomos e moléculas) permanece em temperaturas próximas às do ambiente.
Com material grafenoide em teste, estruturas de concreto poderão ter mais uma alternativa para impermeabilização.
Ao sair desse ambiente plasmoso e entrar em contato com a área a ser protegida, os átomos se reconstroem como grafenoides no local aplicado. Essa reconstrução deve-se ao plasma, que não apenas quebra as ligações químicas, mas também fornece a energia necessária para que os átomos de carbono se movam e se reorganizem no substrato.
Os pesquisadores contam que não seria possível incorporar a camada de proteção à mistura do cimento, devido à sua característica repelente à água. Nesse modelo, além de poder ser aplicada de forma rápida e direta no local a ser protegido, ela ainda se adere ao concreto, ao invés de protegê-lo apenas superficialmente como a tinta.
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