Pesquisadores brasileiros desenvolvem uma nova rota de produção de grafeno
Quando falamos nessa porcentagem, opções é que não faltam. Para se ter um exemplo, o processo pode ser realizado com casca de arroz, caroço do açaí, bagaço de cana, celulose e inúmeras outras opções de biomassa disponíveis no mercado.
A pesquisa desenvolvida por pesquisadores brasileiros foi publicada na Revista Carbon, revista amplamente conceituada que divulga artigos relacionados ao grafeno e nanomateriais.
Os estudiosos explicam que a estrutura química da lignina foi modificada por meio de uma rotina controlada, que foi baseada em irradiação sequencial de luz UV , carbonização hidrotérmica em autoclave, desgaseificação a vácuo, pirólise e esfoliação mecânica.
Dessa forma, foi possível obter um nanocarbono à base de lignina com uma estrutura de estrutura nanoporosa hibridizada SP² com grupos funcionais oxigenados ligados a essa estrutura.
Além disso, a rota sem catalisador usada resultou em altos rendimentos de nanocarbono e acabou sendo uma estratégia ecologicamente correta de síntese de materiais de carbono de baixo custo.
A abordagem proposta pode ser adaptada a várias matérias-primas de biomassa com conteúdo de grupos aromáticos adequado para sua policondensação de alto rendimento. O rendimento de nanocarbono alcançado, quando se parte de uma lignina purificada comercial, variou entre 50% em peso e 70% em peso.
A solução única no mercado até o momento abre um leque imenso de oportunidades para o crescimento na produção de grafeno no Brasil, fazendo com que um problema ambiental se transforme num gerador de produto de alta qualidade e alto valor agregado.
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