Oureno: Grafeno de ouro já é uma realidade
Cientistas alcançaram um feito notável: a síntese de uma folha de ouro com apenas um átomo de espessura, em uma camada monoatômica do metal precioso, paralela ao fenômeno do grafeno, que é uma camada monoatômica de carbono.
Batizado de “oureno” ou “goldeno”, esse novo material agora faz parte de uma vasta família de materiais monoatômicos, também conhecidos como materiais 3D ou materiais de van der Waals, que incluem o siliceno, o germaneno, o plumbeno, o estaneno, entre outros.
Cientistas conseguiram sintetizar uma folha de ouro com apenas um átomo de espessura, similar ao grafeno.
Isolar camadas monoatômicas de um elemento abre portas para a exploração de comportamentos que não são observados no elemento em sua forma tridimensional. Isso leva os cientistas, como Shun Kashiwaya e sua equipe da Universidade de Linkoping, na Suécia, a acreditarem que o ouro monoatômico poderá ser utilizado em uma variedade de aplicações, incluindo a conversão de dióxido de carbono, a produção de hidrogênio e compostos químicos de alto valor agregado, como medicamentos.
Um fato interessante é que a equipe já confirmou que, quando reduzido a uma camada atômica, o ouro não se comporta mais como um metal, mas sim como um semicondutor.
Essa descoberta abre novas possibilidades de aplicação, incluindo a conversão de dióxido de carbono, a geração de hidrogênio, a produção seletiva de compostos químicos, a purificação de água, entre outras. Além disso, a quantidade de ouro necessária para essas aplicações pode ser significativamente reduzida.
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