Sensores de câmeras transparentes para óculos com grafeno

Apesar de a tecnologia ter transformado a captação de fotos, existem alguns limites que dificultam o funcionamento de certos recursos. Em dispositivos de rastreamento ocular, por exemplo, o componente bloqueia a visão do usuário, enquanto analisa a retina.

Para resolver esse problema, uma equipe de pesquisadores do Instituto de Ciência e Tecnologia de Barcelona, na Espanha, desenvolveram sensores de imagem transparentes, capazes de tornar câmeras quase invisíveis.


No caso dos sensores transparentes, os pixels contam com estruturas fotodetectoras formadas por pontos quânticos baseados em grafeno.

Em cada pixel, existe uma camada de grafeno — como uma folha de átomos de carbonos conectados igual a uma cerca. Essa camada é coberta com pontos de sulfeto de chumbo que, quando atingidos por fótons, emitem elétrons que fluem pela folha de grafeno.

A transparência acontece porque a maior parte da luz passa através do grafeno, e os pontos de sulfeto de chumbo são muito pequenos para ver a olho nu. Além disso, os pixels de grafeno produzem uma corrente de elétrons relativamente grande, permitindo a transmissão de luz por distâncias mais longas.


Devido às características únicas dos materiais, os pixels transparentes podem funcionar em objetos, sem a necessidade de uma estrutura amplificadora. Assim, torna-se possível criar óculos cujas lentes têm sensores logo na frente dos olhos, sem obstruir a visão.




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