A próxima evolução das tatuagens: tornarem-se biossensores
Uma equipe turca de pesquisadores criou uma técnica para implantar tatuagens que podem se comunicar de forma passiva e sem fio e não requerem implantes, fios ou fontes de energia externas. Os inventores batizaram o dispositivo de sensor de nanotatuagem baseado em retroespalhamento, ou BNTS (backscattering-based nanotattoo sensor). O principal uso dessa tecnologia poderia ser monitorar informações biométricas e transmiti-las a um dispositivo, como um smartphone.
Para criar essa tatuagem inteligente, os pesquisadores usaram duas tintas. Uma é preta, composta de um aerogel de grafeno condutor, e a segunda é branca, composta de óxido de zinco e contendo nanofios, que é colocada sobre a primeira camada, que também contém uma pequena quantidade de aerogel para permitir a ligação e a condutividade das duas camadas. As respectivas camadas dessas nanotatuagens são injetadas simultaneamente, mas por meio de agulhas diferentes. O trabalho foi apresentado em um artigo na revista IEEE Electron Device Letters do Instituto de Engenheiros Elétricos e Eletrônicos.
"Quando a etiqueta pintada recebe os sinais de radiofrequência, ela reflete alguns dos sinais para estabelecer um uplink para o leitor do smartphone, enquanto o smartphone estabelece um downlink para a etiqueta", explicam os autores no artigo em que apresentam a invenção. Por meio dessas conexões, nosso telefone pode monitorar a tatuagem e avaliar as informações compiladas pela tatuagem, segundo explicam os autores.
Esse tipo de desenho pode nos permitir monitorar determinados aspectos de nossa saúde. De fato, esse não é o único desenvolvimento de tatuagem funcional.
Várias equipes estão trabalhando atualmente no desenvolvimento de biossensores compactos e independentes que nos permitem monitorar nosso estado de saúde em tempo real, de forma confiável e barata. O monitoramento adequado da nossa saúde é fundamental para a prevenção de doenças e situações de risco, principalmente em um contexto em que as doenças não transmissíveis estão ganhando peso gradualmente.
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