Encontrado grafeno natural, formado há 3,2 bilhões de anos

Uma equipe liderada por Yoko Ohtomo, investigadora da Universidade de Hokkaido, no Japão, encontrou grafeno em escavações na chamada Barberton Greenstone Belt, uma região rica em ouro da África do Sul. O grafeno em estado natural, incrustado em rochas, tem mais de 3,2 bilhões de anos.


A descoberta pode abrir caminho a novos métodos de produção mais eficientes em termos energéticos, uma vez que o grafeno natural parece ter se formado a temperaturas inferiores a 300°C.


Ohtomo e sua equipe analisaram 24 amostras de rocha da mina de ouro de Sheba usando um microscópio eletrônico, tendo identificado estruturas de carbono invulgares, incluindo finos filamentos de carbono e flocos à escala de micrômetros.



Uma análise espectroscópica ao material encontrado revelou níveis elevados de um isótopo de carbono com origem biológica, o que sugere que o carbono presente no grafeno provém de bactérias próximas da superfície do oceano.


Após estas bactérias morrerem e descerem ao fundo do mar, é provável que tenham sofrido reações químicas com subprodutos de hidróxido de ferro oceânico para criar compostos com carbono, explicam os cientistas.


Estes compostos, sob alta pressão e temperaturas elevadas, transformaram-se então em formas exóticas de carbono, incluindo o grafeno natural.



As descobertas da equipe podem conduzir a novas e mais eficientes formas de produzir este material versátil, expandindo as suas potenciais aplicações na indústria eletrônica, e outros setores.





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