Como o Grafeno pode revolucionar os eletrônicos

Não é à toa que o grafeno é supervalorizado no mundo da tecnologia. Ele é, simplesmente, o material mais forte, mais leve e mais fino conhecido na atualidade. Além disso, é transparente, elástico e conta com propriedades elétricas e óticas.

Empresas e cientistas apostam no composto químico como a revolução na indústria de eletrônicos, projetando uma nova geração de componentes e dispositivos. O fato de ser uma descoberta relativamente nova não impediu que os primeiros produtos comerciais já estejam perto de serem lançados.

Um destes produtos derivados que estão sendo desenvolvidos a partir do material é um novo tipo de cabo de transmissão. Os cientistas aproveitaram todo o potencial dos elétrons e potencializaram a velocidade de troca de dados a centenas de vezes acima do que existe atualmente. Tal tecnologia permitiria uma internet muito mais rápida do que a que conhecemos.

Pesquisadores já desenvolveram também uma antena de grafeno, com a qual é possível transmitir, a um metro de distância, 128 GB (ou 1 terabit) por segundo. Para se ter uma ideia, em 128 GB cabem, aproximadamente, 32 mil músicas de 4 Mb. Acredita-se que, a uma distância menor, os cientistas consigam transmitir cem vezes mais informações na mesma quantidade de tempo.


Existem ainda pesquisas com nanochips, fones de ouvidos, filtragem de água salgada, telas touchscreen e dispositivos biônicos, todos derivados do grafeno. Tais experimentos e estudos influenciaram a criação de um consórcio, que incentiva estudos e busca investidores, chamado Graphene Flagship Consortium.

Este grupo inicialmente contou com nove parceiros, entre eles a Nokia e a Universidade de Cambridge, e teve como participantes: o Nobel de Física, Andre Geim e Konstantin Novoselov, que foram premiados justamente por estudos em torno do material. Atualmente, Graphene Flagship Consortium conta com quase 170 parceiros acadêmicos e industriais em 22 países.

O Brasil não está fora desta briga. Já existem investimentos reais no país: a Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, construiu o primeiro centro de pesquisa de grafeno por aqui em 2014 e hoje conta com o Centro de Pesquisas Avançadas em Grafeno, Nanomateriais e Nanotecnologias.





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