Brasil assume protagonismo na discussão sobre o uso do grafeno

O grupo de trabalho formado por especialistas para discutir de forma geral as aplicações do grafeno já está formato e ativo na implementação do grafeno em diferentes utilidades. O encontro representa um marco para o país, com impacto em diversos setores da indústria brasileira, que passa a contar com apoio do Instituto para utilização do material em seus produtos.


Joyce Araujo, pesquisadora da Divisão de Metrologia de Materiais, do Inmetro, abriu a discussão, que reuniu diversos players do mercado, entre empresários, academia e cientistas e estudiosos. “A discussão é importante para propiciarmos a confiança que as empresas e indústria precisam, a começar pela normalização, e seguirmos com a agenda do grafeno, como a caracterização e as questões tarifárias”, comentou.

Diego Piazza, da UCS Graphene, apresentou os "Aspectos tributários envolvendo a comercialização de produtos à base de grafeno", em que ele expôs o passo a passo o percurso para viabilizar a comercialização do produto dentro de bases tributárias seguras. “Classificado como grafite artificial, passíveis de tributação desde que em matéria prima majoritária”, comentou.

Segundo Marco Colósio, da General Motors, o Brasil tem a oportunidade de liderar uma discussão global, que já é muito forte na Inglaterra e começa a ganhar corpo na China, e ter um diferencial competitivo internacional.


Primeira norma em 2023 – Pesquisador do Inmetro, Erlon Ferreira traçou um panorama da normalização no país, e destacou a importância da primeira norma brasileira sobre caracterização de grafeno (ABNT ISO/TS 21356-1), publicada em 2023 pelo Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), um passo importante para a homologação de produtos à base de grafeno. Foram discutidas ainda, a “Rede de apoio em inovação para produção e controle de qualidade industrial em aplicações de grafeno”, por Oleksii Kuznetsov e “Metrologia de grafenos para a indústria”, apresentação de Luis Gustavo Cançado (UFMG) e Cassiano Rabelo (FabNS).


Foi apresentada ainda uma iniciativa inovadora, a “Fabricação de um resistor padrão a partir de masterbatches poliméricos baseados em grafeno e nanotubos de carbono aplicados a dispositivos e sensores de termoplásticos, termofixos e elastômeros”, por Claudemir Gracino, da Skintech Tecnologia & Comércio Ltda.

Por fim, foi apresentado o Projeto Inova Grafeno, que prevê o ‘Desenvolvimento de material de referência de óxido de grafeno para certificação de produtos industriais’ e definido um calendário de ações e reuniões no ano.




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