Grafeno pode gerar revolução nos mais diferentes mercados

“Chips do futuro poderão ser 10 vezes mais rápidos, graças ao grafeno”; “Grafeno poderá ser usado para detecção de Covid-19”; “Baterias à base de grafeno carregam até cinco vezes mais rápido” – estes são apenas alguns exemplos de manchetes recentes que enaltecem a aplicabilidade do grafeno.


Composto por uma fina camada de átomos de carbono, o grafeno é um material extremamente leve e resistente. Tendo em vista essas propriedades, não é de se admirar que pesquisadores estejam há décadas investigando os avanços que ele pode trazer para a ciência e para a tecnologia.

É um material extraordinário, como sugerem as manchetes sensacionalistas, mas que ainda está começando a ser aplicado na prática. O problema não está nas propriedades do grafeno, mas no fato de que ainda é extremamente difícil e caro usá-lo na fabricação de produtos em escala comercial. 


O grafeno pode ser definido como uma única camada de átomos de carbono ligados entre si em uma estrutura hexagonal plana. Pense no grafeno puro como uma folha de papel de seda, mas que, no caso, também é o material mais resistente da face da Terra.

Ele vem geralmente na forma de um pó composto de pequenas lâminas com espessura próxima a de um grão de areia. Uma única lâmina de grafeno é 200 vezes mais resistente do que uma peça igualmente fina de aço. Também é um ótimo condutor térmico – suporta, sem sofrer danos, temperaturas de até 700º C –, é resistente a ácidos, flexível e muito leve.

O material pode ser usado para produzir aparelhos eletrônicos flexíveis e para purificar ou dessalinizar a água. Adicionar apenas 1 grama de grafeno a 5 quilos de cimento aumenta a resistência deste em 35%.


Tudo indica que ele está começando a ganhar relevância no âmbito comercial. Há inúmeras startups dedicadas ao grafeno que investem em uma ampla gama de aplicações, desde armazenamento de energia até tratamentos de estimulação do sistema nervoso.

Empresas de grande porte, como Tesla, LG e a gigante da área da química BASF também estão pesquisando formas de usar o grafeno em baterias recarregáveis, produtos eletrônicos flexíveis ou vestíveis e materiais de última geração.


O grafeno está pronto para passar por uma série de avanços que reduzirão os custos e aumentarão a escala de produção, e trata-se de uma área de intensa pesquisa acadêmica.

Reduzidos os custos, as aplicações comerciais logo surgirão. A expectativa é enorme, mas ainda vai demorar algum tempo até que esse material possa mostrar a que veio.

Para um material que existe há relativamente pouco tempo, muito progresso foi feito no que diz respeito ao aumento da produção e à aplicação do grafeno.





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