China aposta no grafeno como sucessor do silício para fabricar chips

O grafeno se mostra como um sucessor interessante ao silício, devido a sua superfície com baixa quantidade de impurezas e e alta mobilidade de elétrons. Composto de uma camada individual em formato hexagonal de carbono, o grafeno é 200 vezes mais forte que o aço. Ao mesmo tempo, sua condutividade térmica e elétrica são superiores às do cobre, o que torna o componente uma opção para a fabricar além de chips, também baterias e dissipadores de calor. 

A grande dificuldade, pelo menos por enquanto, na produção em massa de chips de grafeno está nos custos de manufatura. Chips de grafeno são complicados de fabricar e possuem custo elevado. A ideia não é nova, mas até o momento ninguém conseguiu desenvolver um método de fabricação comercialmente viável, e o consórcio da China pretende criar uma solução para tal problema. 


Durante a Convenção Internacional de Grafeno da China, diversas companhias e instituições criaram um consórcio para investir no grafeno como sucessor do silício na fabricação de chips. A intenção do consórcio é criar soluções internas que ofereçam 10 vezes mais performance do que os chips atuais.

Com certeza o consórcio chinês olha para o futuro, na intenção de desenvolver soluções internas e aumentar sua independência com os componentes. A China não é o único país em busca de novas soluções e os Estados Unidos vêm realizando investimentos bilionários na construção de fábrica de chips. Por enquanto, resta saber se a união de diversas empresas será capaz de criar uma tecnologia de manufatura comercialmente viável para produzir chips de grafeno.

Empresas como The Chint Group, Shanghai Electric Cable Institute e Shanghai Graphene Industry Technology Functional Platform são algumas das companhias participantes do consórcio.





Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Pesquisadores do INMETRO desenvolvem processo com biomassa que irá revolucionar o grafeno

UCSGRAPHENE dá início a testes com parceiro de negócios que podem resultar em ampliação da planta fabril

Finep já aprovou R$ 771 milhões para projetos com grafeno