Ford inicia pesquisas com grafeno no Brasil em parceria com a UCSGRAPHENE

A Ford criou um novo time dedicado à pesquisa do grafeno  no seu Centro de Desenvolvimento e Tecnologia do Brasil, com sede na Bahia. Esse trabalho é feito em parceria com a UCSGRAPHENE, da Universidade de Caxias do Sul, o primeiro ecossistema de inovação voltado à produção de grafeno em escala da América Latina.

O novo time de pesquisa da Ford, formado por mais de 20 pessoas, reforça o papel da engenharia brasileira dentro do ecossistema global de inovação da marca, juntando-se a outros projetos já desenvolvidos na unidade voltados ao futuro da mobilidade.

“A Ford foi a primeira fabricante do mundo a usar grafeno em automóveis e já detém várias patentes nos EUA. Esse material hoje está presente em mais de 5 milhões de veículos, como a F-150, o Mustang e o Mach-E, em componentes como cobertura do motor e borrachas, para aumento da resistência térmica e redução de ruídos”, diz Rodrigo Polkowski, engenheiro especialista e líder do time no Centro de Desenvolvimento e Tecnologia da Ford Brasil.

Segundo ele, o Brasil tem a vantagem de possuir uma das maiores reservas mundiais e ser hoje o terceiro produtor global de grafite – do qual o grafeno é extraído. As principais reservas estão em Minas Gerais e na Bahia.


Como parte da parceria firmada entre a Ford e a UCS, a universidade inaugurou o Espaço Ford dentro do seu Parque de Ciência, Tecnologia e Inovação (TecnoUCS). Esse hub, criado para conectar o meio acadêmico e a indústria, tem como proposta incentivar a pesquisa, a inovação e o empreendedorismo.

“A UCSGRAPHENE reúne a expertise da Universidade de Caxias do Sul conquistada em 18 anos de pesquisa avançada em nanomateriais”, destaca Diego Piazza, coordenador da UCSGRAPHENE. “A parceria da UCS com a Ford é um momento histórico, pois permite a geração de conhecimento conectado a um ecossistema de inovação capaz de desenvolver inúmeras potencialidades.”

A Ford iniciou também outras parcerias com a Universidade Mackenzie e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) para avançar na pesquisa do grafeno.

O Centro de Desenvolvimento e Tecnologia da Ford Brasil é um dos nove da empresa no mundo e tem experiência na pesquisa de materiais renováveis, com patentes registradas no país e nos EUA, Alemanha e China. Um exemplo é a nova borracha resistente ao biodiesel, reforçada com sílica obtida a partir das cinzas da casca de arroz, já aplicada na Ranger.




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