Grafeno na busca pela camisinha perfeita

Hoje, quase 30 bilhões de camisinhas são vendidas no mundo todo a cada ano. Desde 1990, estima-se que cerca de 45 milhões de infecções por HIV tenham sido evitadas com o uso de preservativos, de acordo com o Unaids, programa da Organização das Nações Unidas (ONU).


No entanto, mais de 1 milhão de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) ainda são contraídas todos os dias, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). E cerca de 80 milhões de gestações por ano não são intencionais.


Uma ideia promissora para camisinhas mais resistentes utiliza o grafeno — uma única camada ultrafina de átomos de carbono que foi identificada pela primeira vez por cientistas vencedores do Prêmio Nobel da Universidade de Manchester, no Reino Unido, em 2004.


Aravind Vijayaraghavan, cientista de materiais do Instituto Nacional de Grafeno da Universidade de Manchester, acredita que “o material mais fino, mais leve, mais forte e com melhor condutividade de calor do mundo” pode ser ideal para melhorar as propriedades dos preservativos.


Mas o grafeno não pode ser transformado em objetos autônomos por conta própria, então a equipe está combinando grafeno com látex e poliuretano.  O desafio é transferir essa força da nanoescala para uma macroescala, na qual usamos objetos do mundo real. Fazendo isso combina-se as partículas fortes de grafeno com um polímero fraco, como látex de borracha natural ou poliuretano. O grafeno então transmite sua força ao polímero fraco para torná-lo mais forte, reforçando-o na nanoescala.


Essa combinação é capaz de aumentar a resistência de uma película fina de polímero em 60% ou permitir que as camisinhas sejam 20% mais finas, enquanto mantêm sua resistência atual.




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